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Foto do escritorGralha Azul - Turismo e Aventura

Músicas indígenas promovem integração linguística


Famosas melodias infantis como Dona Aranha e a Pintinho Amarelinho, cantadas nas línguas Guarani Mbyá e Kaingang das etnias de Turvo-PR, facilitam a identificação e tradução de palavras inseridas nestes versos populares. O objetivo das gravações, produzidas por Thiago Juraski e dirigidas por Mauricio Pilati, foi o de fazer interagir a língua viva do Brasil com suas verdadeiras origens, os dialetos indígenas que há milhares de anos ilustram a vida neste território.

Na Aldeia Guarani Koe Ju Porã, o grupo de canto e dança participou na gravação em coral e também na captação dos instrumentos típicos, como o Mbaraka Miri (chocalho), o Takua Pu (taquara de som), o Popyguá (varetas de madeira) e o tambor. As letras infantis e também de cantigas tradicionais Guarani foram traduzidas pela acadêmica de pedagogia indígena e moradora da comunidade Paulina Para Katu Vogado. São expressões de amor à natureza e bons desejos aos conterrâneos que transmitem a essência da vida dos povos originários.

O grupo artístico Gá Tan foi responsável pelos cânticos na língua Kaingang, evocada nas cantigas de roda e nos sons ancestrais de força. A professora indígena Rosenilda Norinhkânh traduziu as letras e organizou o coral infantil que deu alegria e ritmo às melodias.

Todas as produções, que fazem parte do edital cultural da Lei Aldir Blanc, foram disponibilizadas em videoclipes, com arte gráfica de Camila Maciel, no canal do Youtube da Gralha Azul. Além de um registro divertido das línguas tradicionais, reforçamos a liberdade dos mesmos como materiais didáticos que podem e devem ser utilizados nas salas de aula, espaços comunitários, ações públicas e mesmo nas brincadeiras do dia a dia. Uma cultura viva, como devem permanecer sendo todas as culturas indígenas do Brasil


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