Neste sábado (10/11), visitantes da Bélgica estiveram participando de nossas atividades. Foram ao todo dez pessoas numa jornada através do Caminho da Terra Sem Males -Yvy Maraê’y, entre práticas que resgatam os saberes ancestrais e contemplam o presente do Nhandereko, modo de vida Guarani.
O primeiro momento se deu na Casa Gabriel e Luiza Pilati, com exposição fotográfica e palestra Cultura Indígena Guarani, que apresenta a trajetória histórica e aspectos atuais do cotidiano indígena. Houve também a exibição do curta-metragem “Ara, Lágrima Que Cai”, unindo duas lendas nativas da região numa obra de ficção com embasamento histórico, atuação indígena e introdução de elementos reais da cultura.
Logo em seguida visitamos o Sítio Arqueológico Marrecas na propriedade do Sr. José Bonetti, com peças arqueológicas autênticas que ele encontrou e conservou. Os itens catalogados e expostos reúnem dois conjuntos de materiais: objetos de cerâmica Tupi-Guarani com cerca de 500 anos e artefatos de pedra lascada de paleoaldeias Itararé-Taquara, com aproximadamente 4 mil anos.
Após esta viagem ancestral, os belgas tiveram a oportunidade de visitar a aldeia Koe Ju Porã, vivenciando a cultura indígena através de cantos, danças, partilha de alimentos típicos e interagindo na Brincadeira do Xondaro (guerreiro), antiga preparação física.
Fizeram também a Trilha das Taquaras (Tape Takua), onde os guias da aldeia explicam sobre as antigas armadilhas de caça e plantas utilizadas na medicina Guarani. Nos despedindo desta experiência, visitamos o Salto São Francisco, maior queda do Sul do Brasil com 196 metros de altura.
Um caminho repleto de curiosidades, onde compartilhamos sabedorias e do qual levamos gratidão e respeito em nosso coração. Hae ve tema (obrigado)!