Casa
Gabriel e Luiza Pilati
Casa
Histórica
Artefatos
Históricos
Acervo
Documental
Quarto Ambientado
Século XX
Carroça de
Toldo
Exposição Fotográfica
Casa das Mágicas
Marco histórico da colonização regional, a casa abriga um rico acervo documental e de objetos que faziam parte do cotidiano do século passado. O Quarto Ambientado te carrega ao passado dos imigrantes, com raridades como a cama patente com colchão de palha e o baú de madeira revestido com folha de metal. E a exposição fotográfica Casa das Mágicas te leva a uma viagem pelas histórias do lugar. Sinta a magia de entrar em um mundo à parte!
Por Mercedes Pilati, filha do casal
Esta casa carrega não só um marcante símbolo de agregamento familiar, mas também um de maior amplitude, que envolve uma parcela significativa do desenvolvimento histórico da cidade de Turvo.
Quando, em 1943, Gabriel Pilati casou-se com Luíza Schmeichel, natural de Rio do Salto, o casal fixou residência no Arvoredo. Vieram depois residir em Turvo, em janeiro de 1947, numa primeira casa existente no local, adquirida juntamente com o terreno que a circundava do Sr. Benedito Lisboa de Souza (“Seu Vivi”). Mais tarde, precisando melhorar a moradia, iniciou-se a construção desta casa cujo término, em setembro de 1955, foi apressado para sediar o Cartório, já criado em julho do mesmo ano.
Em 16 de julho de 1956 a casa serviu de local de celebração da primeira missa da futura Capela de Nossa Senhora Aparecida, cuja reunião da primeira diretoria havia sido realizada em 29 de abril do mesmo ano. Até que se terminasse a construção da igreja, em janeiro de 1957, continuou sendo utilizada para diversas funções religiosas como: missas, batizados, casamentos e confissões.
Em 21 de julho de 1960, o então prefeito de Guarapuava Moacyr Julio Silvestri baixou o Decreto-Lei Municipal nº 86/1960, delimitando o quadro urbano da sede do Distrito Judiciário de Turvo (Lei estadual nº. 1.542 de 14 de Dezembro de 1953 – Bento Munhoz da Rocha Neto) utilizando exclusivamente parte do terreno em torno desta casa, cedido pelos proprietários Gabriel Pilati e Luiza Schmeichel Pilati, transformando-se no primeiro loteamento que deu origem à atual cidade.
Juntamente com a “bodega” (Casa São Gabriel), anexa à casa, realizava-se o serviço voluntário de entrega e coleta de correspondência dos moradores da sede do Distrito e também do interior. A correspondência era deixada ou levada pelo ônibus ou diligência e até mesmo caminhoneiros. No início dos anos de 1980, aí foi também instalado o primeiro posto telefônico. Em meados desta mesma década foi sede da Inspetoria Regional de Ensino.
Além destas e outras utilizações comunitárias, comerciais e culturais, serviu também, em vários momentos ao longo de sua história, como importante ponto de encontro e discussão de assuntos políticos, das dificuldades e anseios do povo do lugar.
Por esses, além de outros motivos - como a preservação de uma arquitetura utilizada pelos pioneiros da região - é que foi reconstruída por Gabriel, Luiza e seus filhos no ano de 2000, oferecida e aberta à comunidade como patrimônio histórico do atual Município de Turvo.